Pessoas

Dário Cannatà é licenciado em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde concluiu o mestrado em Design Gráfico e Projetos Editoriais. Co-dirige o estúdio de design Macedo Cannatà. Ao longo dos anos integrou diferentes colectivos na cidade do Porto, como o espaço Rua do Sol, a galeria independente Painel ou o atelier de serigrafia Oficina Arara. O seu olhar crítico sobre o espaço público aliado à oportunidade de devolver a cidade a quem a habita e provocar a participação através do design é o que o motiva a puxar a Serpentina.

Letícia Costelha é artista plástica e educadora. Coordena o serviço educativo do Sismógrafo. Na sua prática artística e expositiva, tem-se debruçado, entre outros temas, sobre a valorização do acto de brincar tanto na infância como na vida adulta, procurando explorar as rotinas, ligações e intimidades dos lugares e comunidades com que se cruza. Expôs individual e coletivamente em espaços como Branda, Galeria do Sol, Galeria Zé dos Bois, Appleton e Galeria Municipal do Porto.

Coordena a equipa de arquitetos da Cannatà Fernandes no âmbito da Serpentina, nomeadamente o projeto de requalificação do parque infantil do Largo Soares dos Reis. Conta um percurso de doze anos no Japão no atelier Kazuyo Sejima + Ryue Nishizawa / SANAA e experiência em projetos internacionais de grande escala e sensibilidade. 

A comunicação é o que a move, a ligação ao outro e a projetos que mecham consigo e com o mundo. Desde 2009 trabalha em projetos na área da cooperação para o desenvolvimento, da educação global e da comunicação para a mudança social, em Portugal, Guiné-Bissau, Cabo Verde e outras geografias. Licenciada em Ciências da Comunicação, que aliou à vontade de compreender como aprendem os adultos através do Mestrado Ciências da Educação – Educação de Adultos e Intervenção comunitária. A Serpentina passou por si e entrelaçou-a desde o momento em que se recordou como era bom brincar na rua, ir para a escola a pé, sentir-se em comunidade com a vizinhança.

É uma organização sem fins lucrativos que capacita comunidades em situação de vulnerabilidade através da educação e do desenvolvimento da cidadania global. Desenvolve projetos para crianças, jovens e famílias do Bonfim, no Porto, promovendo o acesso a uma educação de qualidade, a participação cívica e a liderança comunitária. A associação colabora ainda em projetos culturais e artísticos, apoiando o desenvolvimento pessoal e comunitário das crianças em contextos vulneráveis. No projeto Serpentina, 35 crianças entre 6 e 10 anos foram convidadas a participar no diagnóstico inicial, criando espaços de escuta e de partilha para que pudessem expressar a sua visão sobre a utilização do espaço público.

A Porto Design Biennale promove o debate e acolhe múltiplas perspetivas, impulsionando práticas que fortalecem a capacidade do design de criar soluções inovadoras para desafios coletivos. Desde 2019, é promovida pelos municípios do Porto e de Matosinhos, funcionando como plataforma de diálogo entre sociedade civil, academia, indústria e agentes culturais nacionais e internacionais. Organizada pela esad—idea, unidade de I&D da ESAD – Escola de Artes e Design, a Biennale divulga conhecimento, medeia investigação científica e impulsiona o design português.

O Departamento dos Espaços Verdes da Câmara Municipal do Porto gere e valoriza os espaços verdes da cidade, promovendo sustentabilidade, mobilidade ativa e qualidade de vida. Foi pioneiro ao acolher a Serpentina ainda na fase inicial, reconhecendo que daí surgiriam sinergias para criar oportunidades de explorar soluções inovadoras de uso do espaço público, centradas na sustentabilidade e na participação ativa de crianças e dos habitantes.

Macedo Cannatà é um estúdio de design sediado no Porto que atua na área da cultura, sobretudo em comunicação, identidade, exposições e edição. Trabalham em diálogo com artistas, instituições e associações culturais e entendem o design como ferramenta de mediação entre pensamento, forma e comunidade. Desenvolvem narrativas visuais e sistemas gráficos que traduzem conceitos de modo crítico e comprometido.

Cannatà Fernandes é um atelier de arquitetura fundado em Itália em 1984, por Fátima Fernandes e Michele Cannatà. Em 2023, Riccardo Cannatà junta-se ao atelier, após 12 anos em Tóquio, onde colaborou com SANAA. Aliam à prática profissional uma intensa atividade académica e cultural, através da docência, conferências e projetos de investigação.

O Sismógrafo é um espaço independente fundado no Porto em 2014, dedicado à produção e mediação cultural. Desde então, acolheu centenas de atividades públicas, incluindo exposições de artes visuais, performances, música experimental, literatura e pensamento. O diálogo com a comunidade é central, desenvolvido através de visitas, conversas e workshops. Com equipa diversificada, integra a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC) e conta com apoio de várias instituições, reforçando a missão de pensar a cultura num contexto contemporâneo em constante mudança. No âmbito do projeto Serpentina, o espaço acolheu momentos de diagnóstico participativo e assembleias, envolvendo a comunidade local.

A Freguesia do Bonfim, com forte tradição industrial, é hoje uma zona residencial vibrante, com comércio, serviços e uma população multicultural. A Junta de Freguesia dinamiza espaços e iniciativas que promovem a qualidade de vida e o bem-estar da comunidade, potenciando parcerias locais e apoiando projetos inovadores que estimulam a participação cidadã e o envolvimento ativo dos habitantes.

Frederico Lopes é doutorado em Motricidade Humana pela Universidade de Lisboa e dedica a sua carreira à defesa do direito das crianças a brincar e a mover-se livremente. Professor e investigador na Faculdade de Motricidade Humana, estuda o jogo, o desenvolvimento infantil e o papel do espaço público na vida das crianças. Cofundador e “Brinconauta” da associação 123 Macaquinho do Xinês, integra o Brincapé, consórcio com a APSI que cria oportunidades de brincar na rua e promove a mobilidade ativa das famílias. Como membro fundador da IPA Portugal e representante nacional na International Play Association, é uma voz inspiradora na promoção da participação infantil e na construção de comunidades mais amigas das crianças.

Catarina Breia Dias é arquiteta e doutoranda na Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho, integrando o centro de investigação Lab2PT. Membro fundadora da associação The Future Design of Streets e integrante da LupLab, tem desenvolvido trabalho entre Lisboa, Gent e Porto. A sua investigação e prática focam-se na construção de cidades mais inclusivas a nível social, intergeracional e cultural, e na integração das comunidades nos processos de transformação urbana. Catarina acredita no poder da participação cidadã para criar ruas e territórios mais coesos, humanos e sustentáveis.

Pollyana Bezerra é pedagoga e mestre em Ciências da Educação, investigadora no Programa Doutoral da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, estudando a construção da cidadania cultural desde a infância. Guia Montessori e fundadora do projeto Tripeirinhos – Uma Aventura na Cidade do Porto, é também cofundadora da Associação Montessori – Cidade das Crianças e da Pólis Montessori – Educação para a Vida. Defende o direito das crianças a brincar e a viver plenamente a cidade. Acredita que os ambientes pensados para e com as crianças são territórios férteis para a sementeira de uma sociedade mais empática e respeitosa, usando a pedagogia Montessori e a arte como caminhos para autonomia e transformação social.

A Confederação é um colectivo de investigação teatral fundado no Porto em 2010. Os espectáculos de proximidade, com uma dramaturgia própria em torno das formas populares de Teatro têm sido o chão da sua criação. Gostam de imergir nos projectos de investigação que os vão inquietando, tendo iniciado em 2013 a coleção editorial "Cadernos estóricos". Em 2014 criaram as ‘Officinas’, um projecto de formação que funciona como lugar de experimentação e criação de novas possibilidades pedagógicas relacionadas com o fazer e pensar o Teatro.

Dulce Cruz é mãe de duas meninas, designer de livros, formadora de famílias e profissionais da primeira infância, e ativista pelos direitos das crianças. Certificada no nível avançado da pedagogia Pikler-Lóczy e estudiosa da neurociência infantil, dedica-se há cinco anos a apoiar a parentalidade e o desenvolvimento motor livre. Criadora da comunidade Erva Daninha, do podcast Conversas Daninhas e dos playdates Erva Daninha, promove o brincar livre, os cuidados de qualidade e a educação emocional de bebés e crianças pequenas. Participa também no projeto Educa.são, de coaching e mentoria para pais e educadores. Dulce reside no Porto e acredita na competência das crianças desde os primeiros anos de vida.

Paulo Farinha Marques é Arquiteto Paisagista e Professor Associado na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Doutorado pela Universidade de Sheffield, dedica a sua carreira ao planeamento e desenho de espaços verdes sustentáveis, biodiversos e inclusivos. Autor de projetos como o Parque Central da Asprela, o Parque do Verdeal e o Jardim Botânico da Universidade do Porto

Há 30 anos a olhar pela segurança infantil, a APSI trabalha para promoção de comportamentos e práticas e para a criação de ambientes e produtos seguros que garantam às crianças e jovens um crescimento saudável. O seu objetivo principal é reduzir o número e a gravidade dos acidentes e das suas consequências nestas faixas etárias. É líder de opinião nas áreas da segurança na água, segurança nos espaços de jogo e recreio, segurança da criança passageiro e segurança no transporte coletivo de crianças, sendo uma entidade de referência em Portugal e na Europa na área da segurança infantil. É a única entidade que em Portugal se dedica de forma exclusiva à prevenção de acidentes.